... for a walk.
Saudades de ti, campo.
E hoje, era ao teu encontro me apetecia fugir...

Pior mesmo foi o dilema de perceber que a data que mais jeito dava coincidia com o concerto da Joss... Mas a vida está cheia de escolhas. E eu escolhi!
Um relógio que acorda desmesuradamente cedo para os inexistentes habituais primeiros compromissos matinais.Percorrer o trânsito à velocidade de um tempo que sobra.
O pequeno-almoço cheirando a galões, café e pão quente.
O livro que se abre lentamente, as folhas que se percorrem bebendo palavras que nos falam sobre vida.
Amigos que se cruzam. Palavras que se trocam. Experiências.
E quase sempre, se quisermos, a vida pode ser vivida assim.

Quando percebemos que há aspectos que nos agradam e aspectos que nos desagradam, o nosso cérebro faz um balanço e opta em função do lado que tem mais força para nós. Quando dividimos a representação da outra pessoa em duas e se idealiza um dos lados, continuamos a sofrer e a frustrar-nos com o lado mau, mas não conseguimos separar-nos porque, quando pensamos, só imaginamos a versão boa. E assim, ficamos presos.
E eu só acrescentaria, usando mais um dos magníficos títulos de Eduardo Sá*:
A vida não se aprende nos livros, mas que há alguns que ajudam a compreendê-la muito melhor, lá isso há.
Este post, da minha querida S., fez-me ter vontade de deixar aqui uma merecida e sentida homenagem aos meus pais, por sempre me terem dito, das mais diversas formas, que era muito amada.
Das ruas perfumadas com o quente aroma da lenha
... do que com um belo passeio pelo Chiado?
e o outro que, vá chamem-me pirosa, estava à espera que baixasse a preço verde para comprar... Call me irresponsible... chegam lá?
Porque sei que nasci com elas, não por ser um anjo - longe, muito longe disso - mas porque Alguém me achou capaz de voar e por muito tempo terem andado esquecidas, adormecidas, embrulhadas num canto da minha alma, mas é chegado o momento de as soltar.