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quinta-feira, julho 9

A Vida inspira-me...

imagem de um bloco oferecido pela M. ,
que o uso quase diário está prestes a fazer chegar ao fim...


E alguns blogs, ou melhor, os autores de alguns blogs, também.

Julgo que conheci Miss Glitering pelo facto de se ter assinalado, como seguidora, no meu primeiro blog. Julgo, mas não tenho a certeza. Aliás, por este estranho mundo da blogosfera, tudo acontece de uma forma paralela à realidade e a maioria das vezes não é sequer perceptível a forma como nos cruzamos.
Miss Glitering é uma menina muito especial. E atrevo-me mesmo a dizer que são muitos os dias em que estamos em sintonia. Para além do mais, é sempre um prazer ler os seus textos, EXCEPCIONALMENTE bem escritos e apreciar a beleza estética dos seus dois espaços, que passa pelos diversos fundos sonoros com que nos recebe e as imagens com que pinta os seus dias.
Por tudo isto, e por uma certa empatia que me liga à sua forma de olhar a vida, mais uma vez sorri ao ver o seu post de hoje.
Tenho há muito um especial carinho por O Principezinho, de Saint-Exupéry. Talvez porque os meninos sonhadores e introspectivos sempre me tenham cativado em especial. No caso, a personagem e o autor, ainda que homem, eram um excelente exemplo disso. Para além disso, a linguagem subliminar dos afectos é a água que nos permite mergulhar mais fundo na essência do ser humano. E nesse campo este pequeno grande livro é uma verdadeira obra prima.
Porque hoje me apetece brindar às coisas simples da vida, aquelas a que raras vezes temos a humildade de dar valor e que, a maioria das vezes são as que estão mesmo ao nosso lado ou à nossa frente, sem que as consigamos ver, aqui fica a minha homenagem a todos aqueles para quem o pôr do sol pode ser bem mais do que o fim de um dia... Este, é também para ti, minha Miss G.
IV
Ah! principezinho, assim fui compreendendo a tua vida melancólica. Durante muito tempo, apenas a doçura dos poentes te serviria de distracção. Tomei conhecimento deste novo pormenor no quarto dia, de manhã, quando me disseste:
- Gosto muito do pôr-do-sol. Vamos ver o pôr-do-sol...
- Mas é preciso esperar...
- Esperar o quê?
- Esperar que o sol se ponha.
A principio ficaste muito surpreendido e depois riste-te de ti próprio. E disseste-me:
- Julgo que estou sempre no meu sitio!
- Com efeito. Quando é meio-dia nos Estados Unidos, o sol, toda a gente o sabe, põe-se em França. Bastava ir a França num minuto para assistir ao pôr-do-sol. Infelizmente a França fica muito longe. Mas no teu planeta, tão pequenino, bastava-te afastar a cadeira dois ou três passos e contemplavas o crepúsculo sempre que o desejasses...
- Um dia, vi o pôr-do-sol quarenta e três vezes!
E algum tempo depois, acrescentavas:
- Sabes, quando se está muito triste, gosta-se do pôr-do-sol...
-Então no dia das quarenta e três vezes estavas assim tão triste?
Mas o principezinho não respondeu.
O Principezinho
Antoine de Saint-Exupéry

5 comentários:

  1. Anónimo9.7.09

    deixo-te em super-bj!!!

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  2. E eu que embirro com o livro...

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  3. Princesa do Castelo: outro HUGE!!

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  4. H: há gente assim, com mau feitio e que embirra com pouco :)

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  5. É para aí a vigésima vez que vou tentar escrever este comentário... e não consigo =(.

    Quero-te dizer que tu, sim, és um raio de sol. Uma pessoa especial que facilmente encanta pela generosidade com quem escreves, com que descreves e por tudo o que trazes dentro de ti.

    Eu fiquei fascinada. Amei e senti-me uma princesa pequenina, que foi à feira popular, andou nos carrosseis todos, comeu algodão doce e a maçã do amor e ainda foi para casa com um peluche do tamanho do mundo, que ganhou nos tirinhos. O sorriso mantém-se desde o dia em que escreveste este post, este texto lindo, até hoje.

    Eu não te conheço, mas sei que gosto muito de ti.

    Todo o sol do mundo no teu coração.

    Um beijo e um abraço.

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O teu raio de sol...

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