iPod

segunda-feira, agosto 31

Dar corda ao coração


Teorizar sobre o amor, sendo supérfluo, pode até tornar-se um exercício de mau gosto. Por outro lado, sendo por natureza indefinível e inquantificável, reduzi-lo a uma única perspectiva é a mesma coisa do que tentar dar uma medida ao infinito.
Mas, por mais que pense, e eu penso muito sobre o amor, julgo que amar é desejar ter alguém com quem repartir a nossa felicidade e não necessitar de alguém que nos torne felizes.
Quando a nossa felicidade fica inteiramente condicionada pelo outro, pela sua existência ou ausência na nossa vida, aquilo que passa a sobressair na relação não é já o amor, mas uma dependência. E, como em todas as dependências, a felicidade passa a ser apenas aparente e momentânea. Ao mínimo desaire ou contrariedade desaparece e só reaparece com doses cada vezes maiores do produto vital.
Pessoalmente considero que, quando esse vicio-dependência passa a ser outro ser humano, os efeitos colaterais são demasiado imprevisiveis para valer a pena arriscar. Até porque, tanto quanto sei, só o próprio viciado possuirá o eficaz antídoto.
Por mim é simples: para dar corda ao coração, basta que o amor deixe de ser causa para passar a ser consequência.
Simples?
Talvez não....

1 comentário:

  1. Olá querida,concordo contigo.
    Dependência emocional não poderá ser amor, pois o Amor é uma força que liberta, promovendo a troca dinâmica de energia. A dependência que tu falas tem um nome... apego. Muitas pessoas confundem a emoção do apego com o sentimento do amor.
    Beijinhos feitos de pó de estrelas*
    E que hoje o teu Sol vibre mais.

    ResponderEliminar

O teu raio de sol...

Blog Widget by LinkWithin