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sexta-feira, agosto 7

A minha vida num Tzero!

imagem MB
Chegou num dia de aniversário da M, há dois anos, pelas mãos da madrinha (o que era de mim sem ti, moça!) e tinha o tamanho de um pequeno brinquedo de corda. Levava uma ilha de plástico com duas palmeiras e uma companheira que morreu, uma semana depois (porque os vizinhos do lado são uns verdadeiros profissionais, no que toca a eliminar animais de estimação que ficam ao seu cuidado!).
Foi baptizado de Óscar, embora em abono da verdade nunca ninguém lhe tenha visto o sexo e haja visitas da casa, mais ou menos versadas no assunto, que avancem que talvez tivesse sido mais adequado receber a graça de Gertrudes.
Passado um ano, tinha aumentado consideravelmente de tamanho e ganhou um apartamento maior. De inverno foi molestado até à casca para que não adormecesse e lá sobreviveu às primeiras neves da sua vida.
Dois anos depois, o bonequinho de corda está o que se vê - 16 centímetros de bicho (embora eu tenha plena consciência que haja quem se gabe de mais!).
Anteontem, quando lhe fazia a limpeza ao apartamento, uma fatalidade fez com que tivesse de ser realojado.
Hoje, fruto dos tempos, mora num Tzero, uma bela saladeira da Marinha Grande, com 23 centímetros - o dobro do seu tamanho para espaço habitacional.
Pelo ténue esgar de felicidade, que me tem lançado nos últimos dois dias quando lhe varro os camarões, atrevo-me a dizer que está feliz. Suspeito... enfim, ele nunca foi de muitas palavras! Mas se não está, é por pura ingratidão. Sim, que há quem viva em pardieiros bem mais pequenos e sem aquela vista para o fogão!

Adenda: Acabaram de me sugerir há minutos que, só pelo argumento Vista, seria de equacionar o aumento da renda. O que acham?


2 comentários:

  1. Se começas com coisa com o bicho de 16 cm, ainda se vai embora e depois tens de te contentar com outro mais pequeno...

    Há que manter uma certa diplomacia e algum bom senso. Afinal são 16 cm...

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  2. Ó Miguel, francamente! Isto até me faz lembrar a cena daquele filme em que a moça, depois de se virar do avesso para fazer confidências sobre os seus traumas de infância, constata que o outro moço (LINDO!) só reteve a parte em que ela confessou que não tinha sexo há 18 meses! Haja paciência! Que insensibilidade!

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O teu raio de sol...

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