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domingo, julho 26

Dia dos Avós*

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Serei das raras pessoas que teve o privilégio de ter conhecido e ainda ter convivido por bons anos com duas bisavós. Uma delas, inclusive, costumo citar com alguma frequência quando me perguntam como estou, em fases menos boas: Flutuando, como a cortiça! (é que na realidade a portuguesíssima expressão assim-assim, complica-me com o sistema nervoso).
Avô só não conheci o paterno, que partiu quando o seu primogénito e meu pai tinha doze anos. Sei bem por isso, e por todas as marcas que estas pessoas, cada uma à sua maneira, deixaram na minha vida, o quanto é importante ter avós. Mas não posso negar que a minha avó foi a avó materna, por quem também fui em parte criada de forma privilegiada até aos cinco anos e com quem mantive, até à sua partida há quatro, uma relação tão estreita quanto especial. Dela guardo muitas e muitas memórias boas, histórias e vivências da minha construção enquanto gente, mais os seus cozinhados e a sua constante preocupação em que todos os seus estivessem sempre bem. Mas guardo mais porque, cada vez mais, quando me olho ao espelho a encontro nos traços que os anos vão moldando no meu rosto. O olhar em determinados momentos, a expressão do nariz, as sardas... Só não herdei o verde dos seus olhos e acreditem nunca vi, e acredito que nunca mais verei, outro verde-água assim.
Saudades das tuas coisas, Patareca!
*aos avós da minha M. um beijinho muito especial, por tudo o que são na sua vida.

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