
Mas voltado à vaca fria, que no caso era um coelho: vi o bicho e o bicho viu-me... ambos estacamos. Ele a tentar perceber se eu corria para ele, eu a ver se ele não fugia de mim... enfim, a vida tem destes enamoramentos! Alguns segundos de uma eternidade, o bicho achou que eu era uma estátua - sim, que quando me dou ao trabalho, se for preciso nem respiro - e lá avançou mais uns saltitos, na minha direcção... Numa atitude nervosa e hesitante, ficou a fixar-me, agitando as patas dianteiras no chão e franzindo o focinho alucinadamente... Depois, ouviu-se o disparar de uma fotografia e um outro movimento numa carrinha ao lado fê-lo lembrar-se das recomendações que recebera da progenitora, antes de deixar a toca, naquela manhã... numa fracção de segundo, tudo o que restou de si foi o som de uma corrida vertiginosa, sem deixar rasto quase mesmo na memória.
A fotografia não era esta, claro está. Mas tenho sérias suspeitas de que era o irmão gémeo!
P.S. E já agora, alguém me sabe dizer o que é que aconteceu ao bando de esquilos que o Santana Lopes plantou em Monsanto, quando abateu aquela vegetação que proliferava à beira dos caminhos, e que durante muito tempo era facil avistar até já mesmo à beira da estrada, pelos lados do Restelo?...
(e para os ouvintes da casa : e que até pelas bandas do colégio das miúdas andavam?...)
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O teu raio de sol...