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domingo, janeiro 3

Mississipi Gospel Choir

Num Coliseu praticamente despido, o Coro entrou com meia hora de atraso para um concerto que, pela adesão, se adivinhava morno.
Um grupo maioritariamente preto -sim, desculpem-me mas negras são as nódoas e algumas vidas - onde só dois elementos eram claramente brancos e outro, dada a distância, me deixou franca dúvida, conquistou uma parca plateia maioritariamente branca e madura, onde pontuava um ou outro casal de ar e comportamento apaixonado, e algumas crianças em grupos de famílias mais ou menos numerosas.
O resultado final foi surpreendente: ao contrário do que constrangidamente costumo observar, neste povo que tem medo das manifestações culturais, que nunca sabe muito bem em que parte bater palmas, que raramente dança, canta ou sequer agita as tímidas mãozinhas, este público vibrou do principio ao fim, cantou, dançou, coreografou, bateu palmas a compasso, e correspondeu a todos os pedidos.
Com o primeiro momento alto no fim da primeira parte e o sempre mágico Happy Day, o concerto terminou a pedido do grupo com toda a sala iluminada e o lendário When the Saints go Marching in, que quase desde pequeninos aprendemos a cantar.
E se é verdade que o que daqui ressaltou é que o que faz um bom público não é tanto a sua quantidade quanto a sua qualidade, é também verdade que, sendo uma plateia maioritariamente branca e certamente muito pouco adepta de igrejas envangélicas, toda aquela adesão se tornou ainda mais impressionantemente bonita.

2 comentários:

  1. No concerto dos Rammstein também foi assim mas estava muita gente. Cheio mesmo!

    E havia pessoal a cantar... em alemão! É mais extraordinário, ou não é?

    :))))))

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  2. Ó Miguel, em Alemão até eu canto!
    É só fazer de conta que estamos com dor de garganta!

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