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sábado, outubro 31
Universos paralelos

M: Ó mãe, coitadinho, faz-me tanta impressão ele estar fechado dentro de um saco!
Eu: Ó filha, deixa lá, às vezes também andamos fechados dentro de um saco e nem damos por isso!
M: Ó mãe! Deixa-te de poesias!
M: Não é poesia. É filosofia...
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sexta-feira, outubro 30
Daqui a nada
Duas mães, duas filhas, 4 bruxas, é o título.
Amanhã as miúdas pequenas vão dar cabo da casa do Zé com os feitiços. O que vale é que ele lê este blog e já fica prevenido.
Mas, como toda a boa bruxa sabe, para feitiços a valer há que fazer as compras certas. Vai daí vamos alegrar ao Alegro e deixar-nos enfeitiçar...
... Ok, prometemos que não as deixamos comprar o gato preto!
p.s. Zé cuidado com os sofás! a M. leva uma inocente abóbora cor de laranja que dentro tem um lindo verniz preto... mas não digas que fui eu que disse!
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Ligações Có(s)micas
Gratas memórias
Não me orgulho, sobretudo das figuras (muito) tristes que faço quando uma gigantesta sala se torna num espaço demasiado pequeno para mim e uma (nojenta) varejeira.
Tinha até muitas histórias fantásticas para contar aqui acerca disto, mas não foi por isso que me lembrei de fazer este post.
Na verdade, embora deteste (não gosto da palavra odiar, nem relação a insectos) alguns desses bichinhos esvoaçantes, tenho um particular fascínio por outros. Isto resume-se assim. Gosto daqueles que voando não zumbem, que zumbindo não são nojentos ou que não voam nem zumbem e são lindos. Como os escaravelhos. E as formigas.
Na verdade, embora deteste (não gosto da palavra odiar, nem relação a insectos) alguns desses bichinhos esvoaçantes, tenho um particular fascínio por outros. Isto resume-se assim. Gosto daqueles que voando não zumbem, que zumbindo não são nojentos ou que não voam nem zumbem e são lindos. Como os escaravelhos. E as formigas.
E agora sim, a razão deste post.
Nasci na cidade mas sempre me considerei de alma e coração uma menina do campo. A forte influencia dessas raízes familiares aliadas às férias que sempre passei por lá foram determinantes. Talvez por isso, apesar de me sentir irremediávelmente urbana, sinta constante necessidade de me evadir para um, para recuperar forças e reabastecer o oxigénio.
Por essa razão também, há coisas que me marcaram a infância e que sempre me relembram esses momentos. É o caso das formigas de asas, a quem sempre ouvi chamar - não sei se bem ou mal - agudes.*
O meu avô, beirão profundo, gostava de apanhar pássaros.
Tradição que julgo que hoje já nem se mantém, o dia de ir aos pássaros era uma espécie de dia de festa com rituais muito próprios. Pelo menos na família.
Confesso que a parte dos pássaros, depois de apanhados e cozinhados, nunca me atraiu. Mas tudo o resto sim.
E o que tem isso a ver com a agudes? Quase tudo. Porque elas eram o isco que se colocava nos custis.*
O que é um custil? Um custil é uma armadilha para pássaros onde o engodo são insectos. Pois. É aí mesmo que entram as formigas de asas.
Agora a parte engraçada: quando era pequenina, um dia, perante uma invasão de agudes - que é normal após períodos de chuva intensa seguidos de Sol abundante e quente - disse para a minha mãe:
Olha mamã, tantos custis!
*nota: os termos agude e custil não constam do Dicionário da Lingua Portuguesa da Academia das Ciências de Lisboa, pelo que depreendo serem meros regionalismos.
quinta-feira, outubro 29
Das coisas fantásticas que temos tempo para ler quando perdemos a vida no cabeleireiro

Confesso que não sei como há mulheres que gostam daquilo! Refiro-me a passar longaaaaasssss horas sentadas num cabeleireiro! Eu só lá vou por "obrigação" e ao fim de meia hora já estou farta. Para além disso, se me esqueço de levar um livro sou sempre fustigada com a sugestão de ler uma das habituais revistas. E confesso que para ter desejo de me deprimir tenho de estar num dos meus excelentes dias!
Hoje não levei livro, mas levei a Sábado. Têm vindo parar cá a casa, em 2ª mão de mãe mas, embora com muita pena, não tenho tido disponibilidade mental para elas. Hoje ao pequeno almoço comprei a desta semana e prometi a mim mesma que só a largaria no osso.
Vem todo este rol de confissões e lamurias a propósito da capa e os segredos de Dan Brown.
A entrevista está deveras interessante e embora deva ser das raras criaturas que nunca sentiu apelo pelas suas obras - nem no cinema! - a verdade é que gostei de conhecer o autor.
Mas confesso que o que mais me chamou a atenção foi aquilo que, quem sabe, lhe terá em muito influenciado a sua veia. É este o excerto:
Como eram os Natais de caça ao tesouro?
Na manhã de Natal, não havia presentes à volta da árvore, apenas um envelope. Abria-mo-lo e havia um código ou um puzzle, qualquer pista que nos levava para outro sitio. Seguíamos para o frigorífico, abria-mo-lo e havia outra pista. Fazíamos isto muitas vezes até encontrarmos os presentes. O jogo durava cerca de 20 minutos.
E se isto pode ter dado grandes ideias a Dan Brown, confesso que a mim me encantou e me deu outras tantas.
Embora com muita pena minha a vida me reserve poucas crianças de família à volta na noite de Natal, nunca sabemos o que a vida nos reserva...
Não vá a M. cumprir a promessa de ter cinco filhos adoptados, pelo sim pelo não, já tomei devida nota!
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Coisas importantes que me deixam totalmente fora de mim
Coisas parvas que me deixam feliz
Ter a prendido (FINALMENTE!) a comer com chop-sticks.
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É (quase) um outro lugar de mim...
Para mim, o trabalho sempre foi uma paixão. Mais do que uma mera ocupação ou fonte de indispensável rendimento, trabalhar sempre foi um extensão do que sou e do que tenho por encontrar. Talvez por isso, sempre tenha sido difícil trabalhar sem me divertir. Infelizmente, nem sempre foi ou é possível.
Não é o caso, por aqui!
Just Love It!
quarta-feira, outubro 28
Um grande Evento!
A minha estreia em obra foi, no mínimo, a melhor estreia do momento.
Trata-se das Natura Towers*, um conceito que alia de forma inteligente e inovadora o progresso à natureza, duas coisas tão importantes que deviam estar sempre e para sempre de mãos dadas.
Estive lá porque somos Nós quem vai lá estar no grande dia.
Vai ser lindo, garanto-vos... Mas por enquanto ainda é segredo!
*espreitem aqui, em projectos de destaque - Natura Towers
p.s.1 façam o favor de elogiar a fotografia, que é minha!
p.s. 2 não dava para engenheira: a matemática não é uma ciência intuitiva e o capacete não me favorece.
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Uma pergunta à deriva
assim de repente, acham que se fizer uma coreografia conjunta para dança-da-chuva-frio-escritura-pública*, dá certo?...
*vergonhosamente inspirado nos textos da Querida S. mas com muito menos piada
Coisas insignificantes que me deixam quase fora de mim
Desodorizantes com complexo de neve carbónica.
terça-feira, outubro 27
Era uma vez... sem o Lobo Mau

*eu sei que ficava bem linkar o mais uma vez, para remeter para as outras, mas não estou com pachorra para as procurar por este blog fora
Hoje de manhã dei conta que não tinha os óculos de sol.** Ainda nutri a esperança que tivessem ficado escondidos no carro. Quando cheguei ao carro não estavam. Ainda tive esperança que tivessem ficado esquecidos em casa. Voltei a subir. Voltei a descer, de mãos a abanar.
Na verdade, logo que dei pela falta deles vi o filme todo. Vi-me na caixa self-service do Continente a pousá-los em cima da dita, para ter as mãos livres para as manobras de operadora de caixa.
Às 9:30 estava lá, no local do crime. Às 9:45 tinha-os de volta à ponta do meu nariz.
Espantados?
Eu não. Como costumo dizer e cada vez tenho mais a certeza de ter razão, o mundo não é habitado apenas por capuchinhos vermelhos, mas também não há um lobo mau a cada esquina da floresta.
No meio disto tudo, só tenho a lamentar o facto de não viver nos EUA.
Porquê? Ainda perguntam?
Já imaginaram as férias paradisíacas que faria com a indemnização choruda que receberia por ter perdido uns óculos limpos e mos terem devolvido sujos?!...
**pronto eu não vos devia dar o ouro todo... claro que o facto de serem Mango em vez de Prada deve ter ajudado um pouco alguém a praticar uma boa acção... há uns bons anos, tive uns Channel que, na Papelaria Fernades do Rato, não tiveram a mesma sorte.
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Pronto, já percebi! Já podiam ter dito!
Já percebi porque estou há séculos à espera de uma simples Escritura Pública. Anda tudo ocupado com a nova carreira do Cristiano e devem estar todos lá para os estúdios...
Valha-me Nossa Senhora de Fátima e arredores!
legenda: este post não tem imagem. este blog só utiliza imagens de bom gosto.
Para o ano!

A M. gosta que o faça. Nunca me demonstrou o contrário. Gosta que a acompanhe e de me dar um beijo e um abraço de despedida, que eu retribuo em dobro.
Hoje (e já uma ou outra vez, de vez em quando) a M. perguntou-me quando é que começo a parar à porta e a deixá-la sair. Relembrou-me que já tem 10 anos... Sim, não vá uma mãe esquecer-se da idade dos filhos, é sempre bom que eles as relembrem com alguma assiduidade.
... Está bem, filha... Para o ano a mãe deixa-te à porta.
Para o ano!
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Desconfio que vou receber uma lembrançazinha...

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segunda-feira, outubro 26
Claro que não é a mesma coisa!

Não é a mesma coisa dizer que se ceou uma banana ao natural em cama de queijo limiano!
Haja glamour!
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Mais um...

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Já sei, já descobri!
O Pingo Doce arranjou uma magistral forma de explicar, dentro em pouco, um dos maiores despedimentos colectivos deste país. Como uma música tão linda a passar de 20 em 20 minutos na rádio e constantemente em cada loja, já viram como vai ser fácil o argumento da gigantesca quebra nas vendas?
Grandes estrategas!
Sabes que um trabalho de parto não é nada...
... quando andas há séculos à espera que te marquem uma Escritura Pública!
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!
Coisas parvas que me deixam feliz
Ser estupidamente arrogante para alguém estupidamente mal educado.
Ao estilo de um (querido) Amigo*...
Basta...
Basta uma semana sem ir ao ginásio para ficar tipo enguia eléctrica, a dar choques em tudo e todos.
Por isso, já sabem, se tiverem por aí uma lâmpadazita que queiram fundir ou um electrodoméstico que queiram avariar, é só contactar-me.
Levo uma pechincha!
domingo, outubro 25
41 Anos.

Sei que nem sempre segui os vossos exemplos. Mas este sei que sim.
Parabéns, Papás!
Bem, e é sempre bom jantar na Cozinha Velha uma vez por ano!
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Saudades

Pouco tempo depois entrei na PetShop para comprar um peixe. Morreu mais um e eu prefiro os números ímpares. Manias. Mas o melhor, melhor - ou talvez neste caso seja mais apropriado o pior, pior - foi dar de caras e focinhos com três LINDOS felinos. Cada um mais apetecível do que outro!
A minha paixão foi um igualzinho a este, cor de café com leite e olho azul... e, juro, doeu não o adoptar!
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Porreiro, pá!
Claro que ao pé das mães os pais são uns porreiros! No stress!
Se a vida das mãe se fizesse sem ciclos de tpm durante 365 dias por ano, desconfio que também éramos todas umas porreiraças!
sábado, outubro 24
Foguetes. Onde é a festa?
- Mãe, ainda não te disse mas tive Bom + a matemática.
- A sério, filha? Fantástico!
- Espera, espera! Não te exaltes!
- Então não queres que eu fique feliz com uma nota dessas a matemática?
- Ó mãe! O teste era facílimo! A professora disse que até ao 12º ano não íamos ter um teste tão fácil!
Por (outras) palavras

Sempre tive a capacidade de ser feliz com pouco, mas julgo que os anos me tornaram exímia nessa arte. Talvez por isso me seja cada vez mais fácil sorrir.
Por lhe dar valor, muito a respeitar e saber que Ela pode sempre mudar de uma hora para a outra ou trocar-nos as voltas e fazer-nos girar num agradável carrossel ou na assustadora espiral de um tornado, com o passar dos anos aprendi a não adiar as coisas pequenas, aquelas que nada custam e que fazem toda a diferença. Como não dar muito espaço aos pequenos conflitos da vida e a dizer às pessoas de quem gosto o quanto gosto delas.
É por isso que todos os dias, pelo menos uma vez, sempre ao deitar, digo à M. que a amo. Eu sei que ela sabe. Mas, quem não conhece as diferenças entre saber e ouvir?
Gosto de acreditar que há sempre um amanhã.
Mas gosto de não esquecer que pode sempre não haver.
Permitam-me que vos dê uma sugestão
Quando avistarem um qualquer peditório não façam sequer um desvio estratégico. Quem está do lado de lá está a maioria das vezes do lado de cá e sabe bem como as coisas funcionam. Só passou foi a senti-las de forma diferente.
Se querem uma sugestão, mantenham firme a rota. Não franzam o sobrolho. Não façam má cara. Não digam que não têm tempo. Não inventem que acabaram de dar os últimos trocos para pagar a bica.
Sorriam, abundantemente. E digam que já contribuíram.
Acham que estou a ser cínica ou a pedir-vos para mentirem? Não, não estou.
Algum dia, em alguma campanha, em algum momento mais desprevenido ou genuinamente altruísta o fizeram. Do lado de lá, ninguém vos vai perguntar se foi para aquela e em que dia ou a que horas.
Para responde é um gesto simples e que nada custa.
Para quem o ouve faz toda a diferença.
Quem está numa campanha não está a pedir para si. Pensem na resistência psicológica que é necessário ter para passar praticamente todo o dia a sentir-se melga e a ouvir que não!
Se não pode ajudar uma causa pode, pelo menos, gratificar um nobre trabalho.
sexta-feira, outubro 23
Não resisti...

Amor por Acaso...
É romântico mas não é uma comédia.
Fala de perda, de medo e de amor. Afinal de contas, diversas faces de uma mesma moeda.
E o final, é cor de rosa?
É. Porque mesmo nas histórias com largas zonas cinzentas é sempre possível um final rosa.
Eu, pelo menos, acredito nisso. Muito.
E sabem com o que vou acabar a noite? Com uma bela limonada!
Não percebem? Vejam o filme e depois digam alguma coisa!...
A título de mórbida curiosidade: alguém me sabe responder porque é que teimo em comprar um saco de milho salgado no tamanho acima daquele que realmente consigo consumir?
Love happens

- Elle/Outubro-
Por acaso até não sou de loiras e se fosse homem desconfio que também não seria. Nada contra, é apenas uma questão de gosto. Quando acho que uma mulher é bonita, e que quando crescer quero ser como ela, invariavelmente é morena. Mas há excepções. Gwyneth Paltrow e Jennifer Aniston são duas delas. Cada uma por suas razões.
A propósito da estreia do seu último filme - Amor por acaso - que ontem chegou a uma sala de cinema perto de si, perguntam-lhe:
Acredita que o amor se planeia, que pode ser procurado?
J.A. - Não, não acredito em nada disso. Não acredito que seja controlável. Repare: qualquer pessoa pode olhar para o seu historial amoroso e compreender que o resultado não teve nada a ver com as intenções iniciais. Comigo é a mesma coisa. Aquilo por que tenho passado não foi planeado por mim. O melhor que podemos fazer é aceitar o que nos vai acontecendo. Todos os dias sou surpreendida pela vida.
Embora não acredite em acasos, eu podia dizer exactamente o mesmo.
Só não consigo ficar igual a ela...
quinta-feira, outubro 22
As minhas favoritas!

Confesso-me fã incondicional desta colecção da Isabel Stilwell. Eu e a M., pois claro!
E bem a percebo. Ainda me lembro muito bem da minha mãe a contar-me O meu pé de laranja-lima enquanto eu tomava banho, ao fim do dia, depois de chegar da escola! E olhem que já tinha para aí os 12 ou treze anos!
Para quem não conhece, aqui ficam os outros dois. Não percam!
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