iPod

segunda-feira, junho 1

Porque há dias mais iguais do que outros

imagem i can read

Abraça-me e deixa-me


Eu sei que quando se gosta muito de alguém se vive, por vezes, a beleza das relações com o constrangimento, secreto, de que a intensidade desses momentos possa fugir. É por isso que muitos de nós imaginamos o bom que seria se os nossos filhos nunca deixassem de ser bebés ou que as paixões se vivessem para sempre.


Os pais sabem, em geral, muitas coisas mais do que os seus filhos, mas não os conhecem tão bem como, por vezes, imaginam, a ponto de pretenderem sobrepor a sua experiência à deles. Se os conhecessem bem, perceberiam como é bom para uma criança sentir-se amada por quem, com pequenos gestos, promove a sua autonomia.


Não há vinculação sem autonomia, e vice-versa. Gostar de alguém é dar-lhe liberdade para que goste de mais pessoas e, com isso, que goste mais e melhor de nós. Se o seu filho fosse capaz de ser claro, e se o seu medo não o deixar muito assustado, talvez de cada vez que se sente com «calafrios» lhe dissesse: «se gostas muito de mim, abraça-me... e deixa-me!»

Eduardo Sá
~ A vida não se aprende nos livros ~

Feliz dia, querida filha!

2 comentários:

O teu raio de sol...

Blog Widget by LinkWithin